28 de janeiro de 2010

Tenho saudades...

Do primeiro encontro que não aconteceu. Do coração acelerando, da boca seca e daquele frio no estômago que arrepia a alma. Do primeiro sorriso, do primeiro toque, assim, meio sem querer. Da primeira conversa e das tantas semelhanças que descobriríamos ter. Do número de telefone que não dei, da espera pela ligação que não houve, dos tantos outros encontros que viriam, mas não vieram.

Do primeiro abraço, do primeiro beijo, aquele, roubado. De sentir seu cheiro e perceber o corpo arrepiado. Do amor, de fazer amor. Dos suspiros apaixonados, da desatenção no trabalho, do sorriso estampado no rosto que não me acompanhou. Das flores que não ganhei, dos aniversários que não festejamos, até da primeira briga, e em seguida, a primeira reconciliação, com um primeiro choro, juntinhos, arrependidos.

Da convivência que não veio, de saber o que você pensava antes mesmo de me dizer, de preparar seu prato preferido, de tomar banho com você. De te ver dormindo, sereno, e ao acordar te tocar o rosto e dizer baixinho “amo você”. Saudade do que não fomos, do que não vivemos. Mas como posso sentir tanta saudade, se um “eu e você” nunca existiu?

Ah, amor... Onde estava você enquanto eu sentia toda essa saudade? Onde estava você, que mesmo sem chegar, partiu?

8 comentários:

Luís Gonçalves Ferreira disse...

Nós andamos muito saudosistas, minha amiga. Isto não pode continuar. Temos que amar mais o que temos e pensar que o passado apenas pesa como um ensinamento fundamental que se deve respeitar.

Beijo, Angel.

fatoSempalavras disse...

A merda de tudo isso é que muitas coisas que sentimos falta, nós nunca tivemos, nunca tocamos.....nem sabemos se existe fragância....

isso é o pior.

Mas, não deixe o nunca dominar a sua mente...o amor vive ao seu lado, vc é o amor, vc é a doçura...mostras isso quando escreves....o seu coração passa a pulsar nos dedos.

carlo.lagos@hotmail.com (se puder, me add, pf )

Incontáveis abraços.

Angel disse...

Luís, concordo com você... Há aqui saudosismo, de coisas que sequer cheguei a ter. Como explicar isso? Acho que parte se deve a fase atribulada que estou vivendo, outra parte, talvez, à carência de afeto que acomete aqueles que gostam de carinho, quando sentem falta deste.

Fases...

Abraços!

Angel disse...

Lagos, acabo de dizer exatamente isso em minha resposta ao comentário do Luís. Sentimos falta de coisas que sequer conhecemos, como é possível desejar tanto algo assim?! O sentir é estranho... rs.

Entrarei em contato sim, caro Lagos! Só tenho a agradecer o carinho vindo por suas palavras.

Abraços!

Jacque disse...

Ah, Angel... Como é bom poder imaginar e saber que tudo isso pode ser realizado. Eu nunca vou deixar de acreditar. E sei que você também não. Achei tão fofo o seu texto, tão carinhosinho... Imaginei todas as cenas descritas, você faz isso muito bem.

Um beijo, minha linda.

P.s: Você nem imagina o quanto as suas palavras me renovaram a alma. Meu dia começou muito bem, graças ao que li e a minha intensa vontade de viver mais intensamente ainda. Conte comigo sempre. Valeu, Anjo!

Angel disse...

Jacque, obrigada pelo carinho!

E, não tem porque agradecer, fico muito feliz em saber que ajudei de alguma forma. Não gosto de ver ninguém triste, me aperta o peito! Seja feliz, amiga Jacque, você merece isso!

Abraço carinhoso!

ALUISIO CAVALCANTE JR disse...

Olá.

Penso que o amor sempre será o motivo maior da nossa vida.
Mas nem sempre o que imaginamos ser amor o é de modo verdadeiro.
Amor cresce com o tempo, de forma coletiva, no dividir da vida e no multiplicar dos sonhos.

Parabéns pelo espaço de idéias e sentimentos.

Angel disse...

Oi, Aluisio. Certa vez me disseram que o amor é algo relativo, e eu, acreditei. Será que estou certa? Será que ele se manifesta de diferentes maneiras, no decorrer de nossa vida? Será que a idéia que temos de amor vai mudando em essência? Uma coisa é certa, amor é um sentimento que nasce sozinho, mas vive a dois, não menos, e concordo plenamente com você.

Obrigada pela visita, meu caro. Volte mais vezes, ficarei feliz.

Abraços.

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