20 de dezembro de 2010

Fragmentos de um momento nem tão distante assim...

... E essa tristeza latente é nada mais que a rima perfeita para o amor doente que me ocupa o peito, e me faz duvidar da plenitude da vida, me faz desejar a morte, essa sorte que um dia há de me libertar deste sentimento. Não é o desejo de abandonar a vida, é o simples desejo de que morra o amor, e com ele sejam enterradas as lembranças, a esperança depositada em um futuro que nunca começou, e por isso, merece o fim...

“Eu vou ficar bem, acredite em mim quando digo que vou ficar bem, então... Não fique, se você não quer ficar”

Don’t stay - Laura Izibor

10 de dezembro de 2010

Eventos Cotidianos - III

Quando disse que o começo fora bom, que no começo ele era diferente, que só após um tempo mudou e que, acreditava, havia motivos para essa mudança tão negativa, ela disse “ninguém muda tanto assim, ele nunca foi bom, ele só foi o que todos são no começo de um relacionamento, ele foi diferente do que realmente é para te agradar, para te conseguir, mas, o tempo é implacável, e nenhuma peça se mantém eternamente em cartaz.”.


Don & Sherri - Matthew Dear

5 de dezembro de 2010

Relíquia

Seja intenso como o sol do meio dia, e suave como a garoa em uma madrugada de agosto. Reflita o amanhecer de um novo dia, se convide a ser o oposto, a se curvar aos prazeres da vida. E mesmo que os anos não mais te favoreçam, nem te mereçam ou te tratem com amor, agradeça porque as respostas que ainda faltam à boa parte do mundo, você já sabe de cor, e com elas, com cada uma delas, calmamente, desate o nó que amarra a sua felicidade. Porque afinal, na verdade, ser feliz é questão de opinião, ou não, e muitas vezes depende, mesmo, é dos teus olhos, ou, do teu humor. Mas, seja o que for, siga em frente, mesmo que o caminho esteja escuro o suficiente para te fazer cair, afinal, por mais que o destino não seja dos melhores, caminhar sempre valerá a pena.


Relicário - Cássia Eller e Nando Reis

1 de dezembro de 2010

Eventos Cotidianos - II

No momento em que você deu as costas para mim, quando atravessei o corredor e passei ao seu lado naquela fila de supermercado, me perguntei quando foi que passamos a ser dois estranhos, dois fugitivos de um passado que nem foi tão ruim assim... Ou será que foi?

Sei que em nosso final já não havia amor, e machucados renegamos a amizade também, mas, eu não poderia imaginar que depois de tudo o que vivemos, o que restaria era um grande... nada. Absolutamente nada além da vontade de nunca mais me ver. Foi como se eu não houvesse existido para você, nem você para mim. E eu não consigo imaginar a minha vida sem a sua presença, ela não teria sido a mesma, assim como eu provavelmente não seria a mesma também.

Foi estranho quando teus olhos não me buscaram... Foi estranho não receber um sorriso em nome do que passou. Quando rompemos cheguei a dizer, à um amigo, que “entre mortos e feridos, salvaram-se todos”, mas, percebo agora que, talvez, eu não tenha considerado você...

I don't want you back - Laura Izibor