Entraram no elevador um homem estranho (muito importante essa informação) um casal cuja mulher trazia um bebê no colo (muito importante essa informação também) e eu.
Aperto o número 15, o homem estranho o 9 e o casal com o bebê o 7. O homem começa a falar com o bebê, daquele jeito meio idiota que muita gente usa para falar com bebês.
Por volta do 3º andar ele diz: "Own! Mas essa menina é mesmo linda!". O pai, muito educado, responde "Não, não é uma menina... é um menino. Se chama Davi.". O moço, no alto da sua estranheza, diz "Ai ai, mas já estão querendo decidir por você, hein Davi?!".
Silêncio.
4 de janeiro de 2010
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5 comentários:
UI! Que coisa estranha. Simplesmente há certas coisas que não se decidem, são inatas ao Homem, que não passam por opção ou pelos contextos. O sexo é uma das coisas inatas, que não se decidem. Pela experiência, acredito que o biológico constitui uns 20% da nossa forma de ver e agir. A sociedade pesa muito, principalmente no tocante à face externa e ao comportamento do Homem.
Beijo!
Nossa, coloca silêncio ai neste silêncio (rs), que coisa!!
Bjos
Ah! Constataram nesse simples relato o quanto a sociedade nos condiciona? (ui, meu lado zeitgeist aflorou!) hehehehe..
O ser humano já nasce engaiolado pelas vontades alheias: "vai ser isso, " vai ser aquilo", "tem que ser desse jeito"...
Gostei disso aí, Anjinha, mas um pra pensar.. muito bom mesmo!
Gosto de conhecer diferentes pontos de vista sobre a mesma história. Cada qual viu um lado, cada qual me disse algo... Obrigada Luís, Juliana e Jacque!
Abraços!
Estranho ele.. >D
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