31 de dezembro de 2009

Fim de ano, alegria, festas... Oi? [2]

Bom, já que todo mundo está nessa de "Feliz Ano Novo, que 2010 seja isso e aquilo, tudo de bom, blá-blá-blá-whiskas-sachê", entendi que a errada sou eu e que devo aceitar essa idéia de recomeço, acreditar na data e festejá-la.

Não é?

Não, não é. Tô nem ai para a data, vou cumprir o protocolo e retribuir os votos felicidades, afinal, felicidade nunca é demais e educação também.

É isso.

30 de dezembro de 2009

Quem disse que seria fácil?!

"É difícil fazer alguém feliz, assim como é fácil fazer triste.
É difícil dizer eu te amo, assim como é fácil não dizer nada.
É difícil valorizar um amor, assim como é fácil perdê-lo para sempre.
É difícil agradecer pelo dia de hoje, assim como é fácil viver mais um dia.
É difícil enxergar o que a vida traz de bom, assim como é fácil fechar os olhos e atravessar a rua.
É difícil se convencer de que se é feliz, assim como é fácil achar que sempre falta algo.
É difícil fazer alguém sorrir, assim como é fácil fazer chorar.
É difícil colocar-se no lugar de alguém, assim como é fácil olhar para o próprio umbigo.
Se você errou, peça desculpas...
É difícil pedir perdão? Mas quem disse que é fácil ser perdoado?
Se alguém errou com você, perdoa-o...
É difícil perdoar? Mas quem disse que é fácil se arrepender?
Se você sente algo, diga...
É difícil se abrir? Mas quem disse que é fácil encontrar alguém que queira escutar?
Se alguém reclama de você, ouça...
É difícil ouvir certas coisas? Mas quem disse que é fácil ouvir você?
Se alguém te ama, ame-o...
É difícil entregar-se? Mas quem disse que é fácil ser feliz?
Nem tudo é fácil na vida... Mas, com certeza, nada é impossível.
Precisamos acreditar, ter fé e lutar para que não apenas sonhemos, mas também tornemos todos esses desejos,
REALIDADE!"

(Cecília Meireles)

29 de dezembro de 2009

Algumas coisas não se perdem jamais...


E permanecem latentes, carinhosamente guardadas onde ninguém mais consegue ver...

Felicidade é...

No alto dos seus 26 anos, estar prestes a entrar na boate e ser parada pelo segurança. Com aquele jeito de "odeio você e o resto do mundo" ele te olha nos olhos numa tentativa clara de intimidação e fala esboçando total desconfiança: "Tem certeza que você tem idade para estar aqui? Deixa eu ver sua identidade!".

É algo tão... tão... Que vale a pena chamar as amigas que já estão lá dentro e pedir que ele repita.

Simplesmente lindo.

28 de dezembro de 2009

Covinhas

Saimos para comer uma pizza não muito longe da casa dele, e por lá encontramos um de seus amigos, a quem fui apresentada. Dias depois ele me contou, rindo, que o tal amigo perguntou a ele quem eu era, querendo entender o que tinhamos. Ele respondeu "é minha namorada" e o amigo retrucou "ihh, meu... você tá ferrado... ela tem covinhas!".

Ainda não entendi porque minhas covinhas são capazes de ferrar alguém... Ele também não entendeu, e disse que achou melhor não perguntar... rs.

E você saberá que é muitas coisas quando começarem a te dizer que você não é nada.

Tenho minhas limitações, não sou perfeita. Muitas vezes aceito desafios sem a certeza de que serei capaz, não de vencê-los (pois se vencer fosse certo não seria um desafio), mas simplesmente de aguentá-los. E quando eu, tão pequena, me desafio a viver em um mundo de gigantes, só me resta juntar toda minha coragem, erguer os ombros e seguir em frente, um passo de cada vez, um dia de cada vez, encarando toda e qualquer dificultade que, com certeza, virá.

Em muitas coisas não tenho a pretensão de ser gigante, sei que não posso ser boa em tudo, mas sei também que em muitas outras serei ainda melhor que o maior deles. Sim, eu sei disso, pois quanto mais me desafio, mais forte eu fico, mesmo que ninguém veja, porque minha força não está em minha altura, mas em meu coração.

E eu sobreviverei a qualquer desafio, mesmo pequena, mesmo que não acabe entre os melhores. Não me importo com o que pensam sobre mim, se serei motivo de chacota, de críticas, o que for, só me importo com que penso sobre mim mesma.

E no mais, cada qual sabe o que faz.

27 de dezembro de 2009

Porque quanto mais nos elevamos, menores parecemos aos olhos daqueles que não sabem voar... *

Desde muito jovem ouço as pessoas dizerem que eu alçaria grandes voos, que eu iria longe e iria alto. Não demorou até que eu começasse a bater as asas e desse os primeiros saltos, que no início não me tiraram mais que alguns centímetros do chão. O tempo passou, eu me dediquei, fui me aperfeiçoando e me vi voando cada vez mais alto. Hoje sei que não cheguei ao limite, mas há muito que ainda sou capaz de conquistar.

Mas com o passar do tempo percebi que, quanto mais alto eu voava, mais sozinha eu ficava. Aos poucos perdi alguns amigos, familiares e amores. Me dediquei tanto em alcançar o céu que não me permiti aproveitar a paisagem a medida que eu subia. É por isso que não sei mais se quero continuar tentando, não tenho mais a certeza de querer subir cada vez mais. Sinto que quanto mais eu subo, mais sozinha fico.

Nem 8, nem 80, angel... Não se pode ter tudo... ou pode?

E se para alçar grandes voos eu tiver que aceitar esse destino e ver aqueles que amo ficando pelo caminho, prefiro não usar toda minha força para impulsionar voos altos, mas voarei mais baixo e a usarei para para carregar os que amo comigo.


*frase de Friedrich Nietzsche

26 de dezembro de 2009

É só mistério, não tem segredo...



É da Marisa, mas pelo licença à ela para dizer que também é minha...

I'm back!

Novidades? Muitas. Vontade de escrever? Pouca. Meus olhos doem, e consequêntemente, minha cabeça dói muito também.

Vou ali curtir minha cama macia e meu quarto escuro.

23 de dezembro de 2009

UV maldita!

Depois de queimar meus olhos com luz UV, pingar 345 milhões de gotas de colírio e ainda sentir que algo está muito, muito errado, decidi ir hoje à um oftalmologista. Quero dizer que foi lindo enxergar até hoje, que foi bem legal ver o céu, os pássaros, as flores, as pessoas, o mar, os blogs... foi tudo lindo. Quero dizer também que eu vou, mas eu volto, e que enquanto houver luz, ainda há esperança! Mandem energias visuais, por favor? Obrigada.


E sim, adoro um drama. Mas nesta semana, não me culpe, culpe o Natal.


UPDATE (17:14 hs):

Fui a um pronto socorro, em um hospital onde se tratam apenas os olhos. A Dra me atendeu, ficou assustadíssima com minha hitória, algo como "meu Deus, como podem expor as pessoas sem qualquer tipo de proteção, como pode isso?! Onde você estava, onde você esteve, o que você fez?". Diante daqueles brincos azuis com trancinhas e do esmalte cor-de-rosa choque, eu não esperava outra reação. Ela é bem jovem e de poucos amigos. Pingou um negocinho cor laranja nos meus olhos, olhou com uma luz azul, depois uma amarela, depois outra amarela e disse que (pasmem... eu que pensava que o negócio era sério, certo?)... Pois é, eu sequer imaginava do que se trata... Mas a verdade, meus amigos, é que eu estou bem! Ahh, estou. Foi só uma leve queimadura, nada que um colírio de nome estranho não resolva.

É isso. Nunca fiquei tão feliz em ter astigmatismo, afinal, basta um ajuste de um grau em cada olhinho que eu já vejo tudo numa boa...

22 de dezembro de 2009

Fim de ano, alegria, festas... Oi?

O que é pior que shopping às vésperas de fim de ano? Te digo: Morar ao lado de um shopping às vésperas de fim de ano.

Sim porque, você pode simplesmente não ir ao shopping nessa época, mas da sua casa nem sempre é possível fugir, não é mesmo? E, consequentemente, você não tem como fugir das ruas que dão acesso à ela.

Sem mais.

Saudades

Estava agora a pouco no supermercado, afinal, era preciso reabastecer minha geladeira, abandonada por mais de uma semana. Passando por uma gôndola estavam inúmeros iogurtes, e vi um que nem me lembrava mais que existia. Trata-se de um iogurte de morango, com pedaços da mesma fruta na parte de baixo do potinho, numa espécie de creme mais escuro que o iogurte, tanto que dá pra ver bem a divisão das duas camadas. Quando eu era criança, sempre que íamos ao supermercado, minha mãe comprava dois desses, um para ela e um para mim. Chegávamos em casa, ela guardava as compras e já deixava os dois potes sobre a mesa, eu me sentava, ela também, e comiamos nossos iogurtes enquanto ela contava histórias, respondia minhas (inúmeras) perguntas e me falava sobre muitas outras coisas. Eu adorava, não sei do que eu gostava mais, se era do iogurte ou da companhia dela, daquele momento nosso que era tão divertido.

Vendo aquele iogurte hoje, na gôndola, resolvi comprá-lo. De imediato foi estranho comprar apenas um, sempre fez sentido para mim comprá-lo aos pares, mas enfim... Comprei, trouxe para casa, guardei todas as outras coisas e o deixei sobre a mesa. Me sentei, o abri, comi, e logo vi que não era igual. Faz um bom tempo, eu sei, mas não parece o mesmo. Não era mais tão cremoso, nem tão doce. Ao terminar aquele iogurte sem graça, me veio a cabeça que o gosto talvez fosse o mesmo sim, mas me faltava o melhor daquele iogurte, me fatava a minha mãe. Faltou a conversa, faltaram as histórias, faltaram as respostas... e eu ainda tenho tantas perguntas, mãe...

Os anos passaram, não sou mais uma criança. Já não dependo da minha mãe para sobreviver, já não vivo com ela há alguns anos. Mas sinto tantas saudades que muitas vezes me pego desejando voltar o tempo. A vida parecia mais cremosa, mais doce, mais simples, eu tinha sempre alguém me protegendo das pessoas más, das dores, das complicações. Hoje quem me protege sou, ou pelo menos, deveria ser...

Não sei se é a época do ano, não sei se é a fase complicada da minha vida que estou vivendo, não sei se é essa solidão malvada que resolveu caminhar ao meu lado. Só sei que hoje tudo o que eu mais queria era não sentir nada além do gosto bom daquele iogurte de morango...

21 de dezembro de 2009

Que saudades do Thiago...

Sabe qual a diferença entre uma pessoa que tem um estagiário e uma pessoa que não tem? Te digo: a que não tem trabalha quatro horas a mais por dia e não almoça por total falta de tempo.

Por isso, decidi que não abandono meu Thiago nunca mais, seja ele quem for!

20 de dezembro de 2009

Era uma vez...

Ele é perfeito. É lindo, é educado, faz tudo o que peço e sempre de bom grado.

Desde que estamos juntos não houve um só dia em que ele não estivesse ao meu lado, para um passeio ou um simples carinho seguido de um abraço apertado.

Tudo bem que quem abraça sou eu, que quem beija sou eu, mas que culpa tenho se ando carente e não resisto aos seus olhos doces e tão envolventes?

Ele está sempre tão cheiroso e arrumadinho, minhas amigas me criticam mas eu sei que isso é pura inveja do meu lindinho.

Eu soube no momento em que nos vimos que ele era meu e que mais ninguém nesse mundo cuidaria tão bem dele, e o faria tão feliz, como eu.

E em troca ele é fiel, não quer saber de mais ninguém e até se enfurece quando outra tenta agradá-lo também.

Ahh... Meu lindinho é um amor! Tão lindo, tão fofo! Ele se chama Teodoro, e é um belo exemplar da raça Labrador.

Feliz Natal?

Hoje dei meu primeiro "Feliz Natal para você também, e que o próximo ano seja bem melhor", e foi ai que me dei conta de que começaram as duas semanas mais chatas do ano. Sim, eu acho. Ter que falar essas coisas para todos que cruzam o meu caminho, mesmo sabendo que a imensa maioria que ouve não se importa com a data em si, mas com os dias de folga que ela proporciona, acompanhados de muita festa, bebida, comida e tudo o mais. O Natal não é mais a celebração do nascimento de Jesus de Nazaré, é só a folga mais esperada do ano, quando além das orgias alimentares e do excesso de álcool ainda se ganham presentes. Aliás, para muitos o Natal significa apenas ganhar algum agrado, faz-se uma lista, pede-se algo para alguém, outra coisa para outro, o comércio agradece e nosso ego consumista também. Nada contra, se por trás de tudo as pessoas respeitassem o verdadeiro significado da data.

Quanto a celebrar o início de um ano, acho legal. Só não entendo porque as pessoas deixam para o último dia do ano a promessa de que farão isso ou aquilo, que mudarão isso ou aquilo, que serão melhores em algo ou com alguém. Faço planos no decorrer do ano e a medida que os realizo, substituo por outra coisa. Último dia do ano é só mais um dia do ano, sem mais. Entendo que as pessoas precisem de uma sensação de recomeço, de poder apagar o que passou e fazer melhor, mas ter uma data para isso não faz sentido.

Sei que a chata sou eu que não entra de cabeça na ocasião, mas detesto hipocrisia. É utópico pensar que um dia o Natal seja respeitado e o fim de ano esquecido, mas eu bem que gostaria...

19 de dezembro de 2009



Ei, Leo, muito feliz por estar em sua Top List! Obrigada pelo carinho!

:*

Mais um ponto final...

Acho que, no fundo, eu sempre soube que não daríamos certo. Somos muito diferentes quanto a pensamentos e ações. Talvez teria sido mais fácil aceitar nossas diferenças se eu te amasse, mas eu não amo. Suas últimas atitudes foram para mim inaceitáveis, e o pior foi vê-lo pensar que o que você fez não deveria ser um problema. Mas é. Você fez sua escolha e diante dela eu fiz a minha, preciso me respeitar acima de tudo e jurei que nunca mais passaria por cima dos meus sentimentos por alguém. Não tive outra atitude a tomar, a não ser terminar com você. Sinto muito por ter sido por telefone, queria conversar com você quando nos encontrássemos novamente, mas você, como sempre, não soube esperar. Uma pena.

Desejo que você seja muito, muito feliz.

E quanto a mim, é mais uma história que termina...

O Rio de Janeiro continua lindo!

Meu final de semana não será diferente de qualquer outro dia. Muito trabalho. Mas ao menos por um breve período de tempo, meu trabalho será feito em uma cidade que é realmente maravilhosa...

Então, respondo a pergunta que fiz em outro post... Sim, o Rio de Janeiro continua lindo.


UPDATE:

Só eu sei o que essa cidade significou pra mim. Ontem me veio essa música, e não consigo tirá-la da cabeça, talvez, porque ela resuma tudo...

17 de dezembro de 2009

Nem tudo é o que parece...

Estou doente. Prefiro pensar que "estou" e não que "sou", embora eu entenda que pode ser controlado, mas talvez, nunca curado. Nada físico, eu acho. Sobra então o psicológico.

Sei que preciso de ajuda, sei o que é, sei as consequências... Acreditei que seria algo controlável, que era uma fase, algo passageiro desencadeado por uma série de problemas. Juntaram-se as cobranças que sempre caíram sobre mim e sobre meu corpo à uma série de dramas emocionais. Imaginei que atendendo as cobranças e resolvendo os problemas eu voltaria ao "normal". Atendi mas não resolvi tudo que me incomodava, e nem de longe voltei ao "normal"... Mas penso que, se toda vez que surgir um grande problema eu reagir como tenho feito, acabarei com algo bem mais sério.

Não procurei ninguém. Há um mês falei apenas para uma pessoa. Na verdade, ele praticamente me forçou a falar ao me ver muito abatida. Falei sem querer, mas falei na esperança de que ele ignorasse meu "e não quero mais falar sobre isso, por favor" e de alguma maneira me puxasse do fundo desse poço. Ele não o fez, na verdade, parece não ter sentido pesar algum em atender o que pedi. Nada mais se falou sobre isso desde que contei, há um mês.

Quem me olha nem imagina. Pareço bem, aparentemente saudável e minhas olheiras podem, muito bem, ser explicadas pelo ritmo frenético dos últimos dias. Mas eu não estou bem. Não consigo me ajudar, não consigo procurar quem me ajude, falar sobre isso com alguém é complicado e, confesso que me dá medo, vergonha, não sei ao certo. Nem sei porque estou falando sobre isso aqui, um lugar tão meu e ao mesmo tempo totalmente público. Talvez porque aqui eu seja inacessível, posso ser julgada, mas, não terei sobre mim o peso de um olhar reprovador, pesaroso ou o que quer que seja. Por aqui posso evitar uma conversa, posso falar apenas o que quero, mesmo que não seja tudo o que eu preciso falar...

Enfim.

Tenho bulimia.

Papo vai, papo vem...

Ontem, voltando da minha vida escrava por volta das 22 horas, dei carona para um amigo e companheiro de senzala. Ambos azúis-turquesa de tanta fome, começamos a falar sobre... comida, claro. Não sei como e nem porquê, começamos a citar nossas bizarrices gastronômicas. Listarei as "Top 3".

Dele:
- Pipoca salgada com brigadeiro de panela
- Bolacha rosquinha, da Mabel, com catchup
- Pão com requeijão cremoso e geleia de morango

Minhas:

- Bolo de chocolate molhado no suco de limão
- Omelete com feijão
- Batata frita com Nutela

E ai, quem ganhou? Acho que eu ganhei, omelete com feijão é imbatível! Se bem que, bolacha rosquinha da Mabel com catchup...

16 de dezembro de 2009

Exausta

Estou fisica e emocionalmente esgotada.

Meu corpo está pedindo socorro, dando sinais de exaustão, e minha mente acabou respondendo da pior maneira possível. Esta última, aliás, parece ser a que mais tem sofrido ultimamente. Além do estresse diário, já esperado, veio de brinde uma série de acontecimentos, pessoas me surpreendendo negativamente, mentiras, falta de caráter, descuido, desamor. Deus! Como eu detesto mentiras! Se não tem nada além de uma mentira para me dizer, não diga nada, ao menos é mais digno! Palavras da boca pra fora, promessas vazias, ações que não correspondem ao que se fala.

Estou cansada. Preciso, com urgência, de um pouco de paz.

14 de dezembro de 2009

Era uma vez...

Acendeu um cigarro e pediu outra bebida. Anos atrás, se alguém lhe dissesse que um dia estaria assim, sozinha em um bar, bebendo e fumando, ela chamaria de louco sem nem pensar. Pois lá estava, bem vestida, com uma blusa branca generosamente decotada que deixava ombros e colo totalmente à mostra, uma saia justa não muito curta e nos pés um belo par de sandálias, os longos cabelos, negros e lisos, cobriam parte de seu rosto maquiado. As unhas vermelhas quase não contrastavam com o tinto do vinho que lhe fazia companhia desde que chegou. Sentada frente ao balcão, via, sem ver, o vai e vem das pessoas, tudo tão sem importância que era como se não houvesse mais ninguém ali. Nem mesmo a música valia a pena escutar... "Preciso de Dylan...", pensou ela, esboçando um sorriso. Vinho tinto, Bob Dylan e cigarros... era assim que definiria uma noite perfeita. Pena não ter o Dylan, mas se virou bem com o vinho e os cigarros.

Enquanto fumava, suspirava, como se o liberar de cada trago valesse uma confissão. Tinha tanto a dizer, tantos sentimentos contidos que suplicavam para sair. Mas ela preferia guardá-los para si, talvez por medo ou talvez por falta de quem os, sinceramente, ouvisse. Em sua mente refez seu caminho até chegar ali... não o trajeto que a levara até aquele lugar, mas o caminho que percorreu em sua vida. Tentou lembrar-se de cada detalhe, de cada palavra ou ação, das possíveis causas que a levaram a se tornam quem é hoje. Lembrou-se de muita coisa, reencontrou alguns fantasmas. "Nove anos...", pensou. Há nove anos começava a ver que o mundo não é cor-de-rosa, começava a ver do que as pessoas são capazes, há nove anos perdia uma parte sua que nunca mais poderia recuperar. Por um momento sentiu pena de si, lágrimas ameaçarem, mas pensou na promessa que se fizera e nunca mais ia se lamentar pelo que passou. Ela sabia que não tinha sido fácil, mas sabia também que poderia ter sido bem pior.

Cansada das lembranças, resolveu se deixar envolver por aquele lugar. Haviam ali muitas outras pessoas, belas, sorrindo, conversando, como se as suas vidas se resumisse à aquele momento. E vai ver, resumia-se mesmo. Não é isso que dizem? Que a vida é feita de momentos? Para elas parecia que nada mais importava, a não ser estar ali. E por que não fazer o mesmo? Por que não se deixar levar pela superficialidade durante algumas horas? E assim o fez, libertou-se de todo o resto e se permitiu ser o que era, uma bela mulher, sozinha em um elegante lugar, apreciando um bom vinho e aliviando a tensão em alguns cigarros. E descobriu que poderia se divertir observando às pessoas, e que algumas delas poderiam lhe proporcionar uma agradável conversa.

Ao final da noite, voltou a ser o que se tornou com o tempo, e tudo acabou como sempre acaba. Linda, alheia, e agora acompanhada, ao menos, por uma noite.

13 de dezembro de 2009

O Rio de Janeiro continua lindo?

Não, não me responda, deixe que em alguns dias eu mesma irei descobrir.

Alô, alô Realengo! Alô torcida do Flamengo!

12 de dezembro de 2009

Papo vai, papo vem...

Conversa entre um amigo e eu, via msn, hoje pela manhã:

Eu: E então, o que você está fazendo?

Ele: Estou fazendo o relatório anual do meu mestrado... Nossa, eu NÃO AGUENTO MAIS.... foi bom enquanto durou mas tá durando demais!
Você está acompanhando a COP 15? Um dos diretores da empresa que trabalho foi p/ lá. Será que dessa vez vai?

Eu: Olha, eu acho que não vai dar em nada...

Ele: Não fala isso... (rs) Se não virar, os pobres vão se foder
Não vai ser o fim do mundo mas o fim dos pobres...

Eu: (rs) Meu fim, então?

Ele: (rs) Eu queria estar lá, dependendo do que for decidido, pode ter influência na vida de milhões de pessoas...
E o OBAMA vai me receber o nobel da paz e fala da importância das guerras!!!
Quer dizer, acho que 2012 é o fim mesmo...

Eu: Você já sabe minha opinião sobre o Obama...

Ele: A história está sendo construída e eu não to participando de nada!

Eu: Nossa, é mesmo, hein?! (rs)

Ele: É... eu aqui, fazendo um relatoriozinho de mestradinho.

Eu: rsrs

Ele: E o Lula , hein?! Falando que não tira o povo da merda... Caíram em cima.

Eu: Você já sabe minha opinião sobre o Lula...

Ele: Homem é tudo um bando de filha da puta você não acha?

Eu: Acho demais. DEMAIS.
Por mim juntava todos e tocava fogo!

Ele: Ei, ei! Fogo não que vai aumentar as emissões de carbono
Faz compostagem

Eu: rsrs

Homem sim, mas acima de tudo, um gestor ambiental!

Quando não houver caminho, simplesmente siga em frente

Ainda não sei definir o que sinto por ele. Só sei que é impossível conviver com alguém que te ama, que dá o que tem de melhor para você e não sentir, ao menos, carinho. Em algumas poucas vezes sinto que o amo e que nada seria melhor que tê-lo sempre ao meu lado, mas quase sempre me agrada mais a solidão que a presença dele. Não deve ser amor. Já amei e sei bem como me sinto vivendo este sentimento. Infelizmente, não é o caso. Infelizmente, não é amor.

Me lembro bem do momento exato em que permiti que ele se aproximasse. Antes disso a idéia de estar com outro homem que não aquele que eu tanto amava chegava a revirar-me o estômago. Eu não queria, não era certo, eu me sentia do meu amado e era assim que devia ser. Mas houveram problemas, e um amor que era para ser eterno sequer atravessou as barreiras mais efêmeras. Minha única certeza é a de que amei, quanto a ele, já não sei mais...

Nos afastamos e a distância que já era grande tornou-se infinitamente maior. Mas pior que a distância foi vê-lo recomeçar, vê-lo se envolver com outra pessoa e dedicar à ela exatamente as mesmas palavras que antes ele dedicava à mim. Ele recomeçara, só eu que ainda não...

Foi ai que parecebi não mais valer a pena. Se eu não fazia mais diferença em sua vida, porque eu deveria permitir que ele fizesse alguma diferença na minha? Movida muito mais pela decepção que por qualquer outro sentimento, me envolvi com a pessoa com quem estou hoje.

Hoje cada qual segue sua vida. Ele ao lado da mulher que escolheu, e eu ao lado de alguém que me ama. Hoje penso que talvez a felicidade resida não no amor, mas sim, em ser amada. E nada mais.

10 de dezembro de 2009

Quando o amor era medo...

Houve um tempo em que eu não mais acreditava no amor. Foram muitas decepções, feridas profundas que já não cicatrizam mais.

Se hoje é diferente? Talvez aquela fé grandiosa que um dia eu tive neste sentimento nunca mais volte, mas eu diria que hoje eu já consigo acreditar que é possível amar, ser amada e, principalmente, ser feliz, e que pode não ser eterno, mas que dura exatamente o tempo que deve durar.

Hoje tenho consciência de que o sentimento por si só não basta e que não é normal, não pode, causar sofrimento ou qualquer tipo de dor. Porque se o fizer, ou está completamente desfigurado, ou simplesmente não é amor.

Quando o amor era medo, eu achava melhor acordar sozinha. Hoje, prefiro muito mais, acordar ao seu lado...


9 de dezembro de 2009

Muito mais o lilás...

Sabe aquela mulher meiga, delicada, prendada, sonhadora e cor de rosa? Então, é exatamente assim que eu NÃO sou.

Uma pena, eu sei.

Mas eu sou legal, tá?

8 de dezembro de 2009

The best site ever!

Em algum CA* celestial:

- Oi, meu nome é Angel e... sou viciada em chocolate...

- Oi, Angel!!

- Há muito tempo não consigo me controlar e... só piorou depois que eu descobri esse site aqui.


Agora me diz, tenho ou não tenho razão?

***

*chocólatras anônimos

Chove lá fora...

Acho que São Pedro tá muito puto com São Paulo. Muito, muito puto.


UPDATE:

Estávamos agora em reunião semanal com o chefe. Durante o coffee break questionei São Pedro sobre São Paulo e ele disse que é só o começo.

Paulistanos, temei!

7 de dezembro de 2009

Just love

Todos deveriam ter direito a um grande amor, doses infinitas de vodka e todos os álbuns de Bob Dylan!

E quem está comigo, clica aqui e aqui!

Sofrível

Eu: Não acredito que você quer que eu faça isso... Eu não quero fazer isso.

Ele: Mas vai ser bom, você vai gostar e vai sempre querer fazer... Vamos!

Eu: (sentindo dor, com cara de quem estava odiando, afinal, não tive escolha) Tá doendo... Não quero mais... Vamos fazer outra coisa?!

Ele: Não!! Pára com isso. É assim mesmo, desconfortável... Para de reclamar!

Eu: Mas que droga! Tá doendooo!!!

Ele: Um tempo então e depois de novo.

(pausa de alguns segundos)

Ele: De novo, e agora sem chorar!!!

Eu: Aii... (e quase chorando)

(mais alguns movimentos e...)

Ele: Pronto, terminou.

Eu: Nossa, então tira esse negócio de mim, rápidooo!!!

Ele: rs... Só você mesmo... Pronto, terminamos a série, agora vai para esteira correr alguns minutos.


Conversa entre meu personal trainer e eu, hoje de manhã na academia, enquanto ele me colocava, após aumentar a carga, para trabalhar os músculos posteriores da coxa, o que explica (ou pelo menos tenta) o “tira esse negócio de mim” (veja a foto abaixo, eu me referia ao suporte sobre as pernas).

Quem ouve (ou lê) o que se passa, sem realmente ver, com certeza pensaria outra coisa...



Fonte: http://extremebjj.com/esportes/?p=559

Porque quando a gente muda o mundo muda com a gente.*

Algumas coisas (pessoas, lugares, ações) nunca mudam. Para a grande maioria delas eu digo: "Que bom! Ainda bem que está exatamente igual". Mas para uma minoria, que não por isso é menos importante (aliás, aqui estão algumas das coisas que realmente fazem a diferença), só me resta lamentar, porque nunca mudaram nem nunca irão mudar. Uma pena, mas não se pode ter tudo, não é mesmo?

E assim, aceitarei exatamente o que posso ter, porque o que não posso com certeza não é meu.


*trecho da música "Até quando?" do Gabriel Pensador.

5 de dezembro de 2009

Trocando de roupa...

Sinto o peito apertado, talvez comprimido por tantos sentimentos. Como é possível se ao mesmo tempo eu me sinto tão vazia? A respiração não é mais simplesmente fisiológica, deixou de ser vital e se tornou emocional, obedecendo aos meus pensamentos, numa ausência de compassos entre suspiros profundos. O coração quer sair pela boca, quer me abandonar o corpo e ter vida própria, como as lágrimas que, prepotentes, teimam em me ganhar a face. Os olhos estão vermelhos, a boca está seca, a cabeça dói e talvez haja febre. Estou doente? Sim, estou doente. Doente da alma, doente de amor. Logo eu, tão forte e tão alheia, me vejo agora tão frágil e insegura. Logo eu... E, logo você... Dono soberano das mais belas palavras, das promessas, das juras de uma eternidade que agora nos é tão efêmera. Logo você. Que um dia afirmou nunca me magoar, que dedicou a mim quase tudo de sua vida, quase tudo... É isso, talvez, o “quase” tenha sido o seu problema...

Aqui, jaz um amor. Enterrado junto com tudo o que tivemos, e não tivemos. Não há mais “nós”, o que há agora sou eu, e você. E fim.

4 de dezembro de 2009

Nada vem de graça, nem o pão, nem a cachaça...

Simples assim, como cantou Zeca Baleiro.

3 de dezembro de 2009

Lips of an angel

Quer ouvir a música que estou ouvindo exatamente agora? Fácil! Clica aqui.

Hot!

Lá estava eu, no meu restaurante preferido, prato e talheres nas mãos, legumes, verduras e folhas já devidamente alocados carinhosamente no meu pratinho. Viro para me servir dos pratos quentes e vejo a alguns metros um homem com uma câmera, filmando tudo e todos que estavam por ali. Ao lado dele, um repórter avaliava cada uma das pessoas atentamente, até que chega a mim. Olha para mim, olha para o meu prato, olha para mim... Amor instantaneo. Perguntou se eu sempre almoço fora e diante da minha resposta positiva me pediu para falar sobre, e mencionar a variedade de coisas saudáveis que encontrou em meu prato.

É isso, gente. Além de linda e inteligente, ficarei famosa (segundos de fama, eu sei). Mas o fato é que, me desculpem se sou bonita, simpática, inteligente, saudável e altamente entrevistável, tá?

2 de dezembro de 2009

Me olham, mas não me veem?

Passei uma grande parte da minha vida me sentindo sozinha. Era como se ninguém me ouvisse, me entendesse ou se interessasse por mim. Me sentia diferente e talvez por esta razão fosse excluída. Mas será que tudo isso não era minha culpa? Hoje percebo claramente que muitas vezes quem me deixa sozinha sou eu. As pessoas não me excluem, eu excluo as pessoas. E será que não foi sempre assim?

Tenho dificuldade em me relacionar com os outros, não consigo, por exemplo, ter conversas amenas que não precisem de um objetivo, uma conclusão. Muitas vezes prefiro o vazio de meu apartamento a uma mesa repleta de amigos. O "estar sozinha" sempre me incomodou, mas agora me incomoda muito mais o fato de me sentir responsável por isso.

E se sou realmente responsável, posso mudar? Ou isso é meu, é de minha personalidade? Se não for, é possível exercitar a boa convivência? E do que preciso para tal, de um bom psicólogo?

É óbvio que nem todos gostarão de mim, mas há por ai pessoas que se parecem comigo, com gostos parecidos, que pensam como eu, pessoas com as quais eu conviveria muito bem. Preciso achá-las e, o mais importante, mantê-las ao meu lado, o que para mim, parece ser o mais difícil...

1 de dezembro de 2009

Não é você, sou eu.

Ou eu sou errada ou esse mundo está completamente torto. Mas pode ser também que eu seja errada e o mundo seja torto, ou vice-versa. Ou não.

29 de novembro de 2009

Era uma vez...

Cansada daquele papo furado, e de uma semana sem uma transa que valesse a pena, ela decidiu ir embora. Arrumou sua mala, não precisava de muita coisa. Olhou para ele ainda deitado na cama, e sentiu pena... pena de deixar a garrafa de tequila, ainda pela metade, que ele segurava com uma das mãos. Pegou a garrafa, a mala, as chaves do carro, todo o seu dinhero, todo o dinheiro dele, sua ressaca, e saiu. Não sabia exatamente para onde ir, há muito não voltava pra casa e não tinha mais paciência para ouvir as oratórias de seu pai. Engraçado, ele (o pai), não era de falar muito com ela, até o dia em que a encontrou, no alto de seus 14 anos, transando com seu namorado hippie na cama do casal (uma excelente transa, por sinal). À partir daí passou a falar com ela sempre (ou seria para ela? como se diz quando é um monólogo? quando só um fala e o outro só escuta? enfim...), e a falar tanto, e chamando-a por nomes que ela nem sabia que ele conhecia (embora ela já tivesse ouvido várias vezes, do namorado hippie inclusive, quando estavam na cama), que uma bela noite, sabendo que surda não ficaria, resolveu sair de casa pra nunca mais ter que ouví-lo. Enfim, voltar não podia, a menos que chegasse usando uma batina e fizesse votos de castidade diante de seu progenitor. A batina até topava, mas a castidade...

Dirigiu alguns quilômetros até um posto de gasolina, precisava de álcool, não para o carro, mas para ela (meia garrafa de tequila nem é tanta coisa assim). Por uns breves segundos ficou sem coragem de seguir. Sozinha, infeliz, mal amada e sem rumo... digna de pena. "Que droga de vida!". Mas lembrou-se de como eram os dias (e as noites) ao lado de um homem que sequer se lembrava de seu aniversário, não se interessava por nada que ela fazia e que nem mesmo notou quando ela encheu de mechas vermelhas os cabelos que até então eram completamente negros. "Palhaço, filho da puta!!". Xingá-lo, enquanto dirigia, lhe fez bem. Xingava e bebia... xingava, bebia e fumava... bebia, chorava, bebia, fumava, chorava e xingava... De tanto chorar (beber e fumar) ficou burra de novo e pensou "Acho que vou voltar, sei que ele me ama, só estava em um dia ruim... talvez o problema seja eu, talvez seja a cor dos meus cabelos, sei lá!".

Parou o carro no acostamento, saiu e se sentou a beira da estrada. Começou a lembrar de sua vida, do quanto foi uma criança tranquila, da adolescência virtuosa, da juventude feliz... Pronto, agora já começava a delirar, nunca foi uma criança tranquila, pelo contrário, arrancava a cabeça de todas as bonecas que o pai comprava, se interessava por tudo que era obsceno e pulava a janela pra brincar com os meninos de esconde-esconde (o começo de tudo a gente nunca esquece...). Foi uma adolescente irresponsável, vadia e alcoolizada na maior parte do tempo. Da juventude nem tinha como se lembrar, a menos que valesse as viagens doidas que curtia enquanto fumava (pensando bem, até que foi feliz sim...).

Mais de uma hora depois, sentada sob aquele "sol de meio-dia" (embora já fossem cinco da tarde), decidiu seguir em frente para o "lugar nenhum" pra onde resolvera ir. Pensou em duas hipóteses, na pior delas viraria hippie (o tal namorado bom de cama não saia da cabeça), nunca mais tomaria banho e faria bijuterias para ganhar a grana da tequila. Na outra hipótese viraria puta, mas percebeu que isso ela já era, então, acabar como hippie talvez nem fosse uma má idéia. Podia ser a versão feminina de seu namorado da adolescência, e comer menininhos enquanto seus pais estavam fora. Sorriu. Delírios à parte, entrou no carro e se foi.

Com grana o suficiente pra encontrar outro que lhe servisse, puta, bêbada e sem ter pra onde ir... o que mais uma mulher pode querer?

27 de novembro de 2009

Se isso não é amor, o que mais pode ser?

Ele abre a porta do carro. Ele faz questão de andar de mãos dadas, ao meu lado. Ele é divertido, é leve, e traz nos olhos a paz que eu tanto preciso. Ele me dá presentes, coisas que ele compra e coisas que ele mesmo cria, lembra, relembra, ou simplesmente, fala. Ele tem sempre uma palavra amorosa ou um conselho que dói de se ouvir, mas quando peço ele cede e simplesmente, me ouve. Ele é carente dos meus carinhos, e ama exatamente aquilo que sou. Ele me abraça depois que fazemos amor, afaga meus cabelos e diz que sou o que mais importa em sua vida. Ele me ama e eu... o amo também?

26 de novembro de 2009

Oi?

Pois bem, ainda não sei direito qual vai ser a deste blog. A definir... ou não.