20 de janeiro de 2010

Ouvindo a conversa alheia

Conversa entre algumas crianças, no pátio do meu prédio. Importante lembrar que todas devem ter, no máximo, uns 8 anos.

"Lucas, é verdade que a Mariana é sua namorada?"

"Lógico que não, é minha ficante."

"É nada, é nada! Mariana, ele disse que ama você!"

"Mentira, eu falei pra ela que sou muito novo pra namorar. Não disse, Mariana?"

"Você disse, mas eu também nem queria namorar com você."

Zoação geral.

Os anos passam, mas meninos e meninas nunca mudam... A única diferença é que, agora, parece que tudo começa antes dos 10 anos.

rs.

3 comentários:

Luís Gonçalves Ferreira disse...

É tudo muito precoce, essencialmente devido ao fluxo de informação. Pessoas mais bem formadas são pessoas mais espertas. Eu não condeno as novas gerações, porque elas pouca culpa têm de terem acesso a uma informação sem filtro, alguma sendo errada. Contudo, está-se a cultivar a insatisfação juvenil, porque quando se experimentam as coisas muito cedo é por certo que cedo se esgotará a novidade daquilo que foi novo. Assistimos à multiplicação de tudo, inclusive de pessoas.
Como em tudo, há um lado positivo e outro menos positivo. De negativo pouco há-de existir, porque se acontece é porque há algo de bom que possa encerrar.

Um beijo, Angel!

Jacque disse...

Angel, a garotada é mesmo precoce. Quando lecionei para um quinta-série, me senti uma dinossaura. Eles mandam cada uma, que nem te conto! Foi então, que decidi falar a língua deles e saber dos anseios que essas crianças/pré-adolescentes carregam. Foi uma experiência incrível, pois, percebi que o mundo evolui e muitos de nós não aceitamos certas mudanças, só que o grande problema é saber lidar com isso. Tudo acontece rápido demais. É muita informação para a cabeça dessas crianças, sem contar que muitas vezes, os pais estão ausentes e os valores vão se perdendo ao longo do caminho. Não sei até que ponto essa precocidade é boa ou ruim. Enfim, esse é uma assunto que rende muito, muito mesmo.

Beijos angelicais! :)

Angel disse...

Luís, Jacque, vejam que vocês concordam em muito do que dizem. Excesso de informação com ausência dos que deviam controlar isso. O resultado é essa precocidade.

Isso parece uma realidade, o que vimos acontecer com nossa geração faz parte do passado, e fico aqui pensando o que mais pode mudar. O jeito é aprender a lidar com isso, e façamos nós a nossa parte agindo onde nos será possível. Como tios, pais, que um dia seremos (não sei se algum de vocês tem filhos) nos cabe estar mais presentes, ser o filtro que o Luís citou, e ensinar os pequenos a ser também, pois nem tudo poderemos controlar.

Abraços!

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