15 de fevereiro de 2010

Do que se lê no carnaval

“Aqueles três meses passados com Alaïs depois de fugir dos inquisidores em Toulouse haviam sido simplesmente a época mais feliz de sua vida. Alaïs não quis ficar mais tempo, ele não conseguiu convencê-la a mudar de idéia, nem sequer a lhe dizer porque precisava ir embora. Mas ela dissera – e Guilhem acreditara nela – que um dia, quando o horror houvesse terminado, eles ficariam juntos outra vez.

- Mon còr – sussurrou ele, quase em soluço.

Aquela promessa e a lembrança de seus dias juntos eram o que o havia sustentado durante aqueles anos longos e vazios. Como uma luz na escuridão.”

Eu gosto de ler coisas "docinhas". Que posso fazer?!

6 comentários:

Luís Gonçalves Ferreira disse...

A francofonia dá um ar ainda mais doce a esse pedaço de coisa gira. Muito subtil esse texto. E sim, é bonito.

Beijo grande, querida Angel!

Angel disse...

A história toda é linda, Luís... Por passar-se na França dá um ar ainda mais romântico. Gosto muito disso!

Abraço, meu querido.

Jacque disse...

Bem, nada como boas leituras nesses dias de "folia". Adorei o trecho "docinho" que você publicou. Qual o título? Parece muito bom. Vou deixar um trecho do que leio aqui... Bem, estou fazendo uma análise desse texto. É de Fernando Pessoa. Então, eu que sou nada "suspeita" a dizer sobre ele, irei rasgar seda... hehehe... Eu simplesmente amo esse trecho:

...O nosso sonho de viver ia adiante de nós, alado, e nós tínhamos para ele um sorriso igual e alheio, combinado nas almas, sem nos olharmos, sem sabermos um do outro mais do que a presença apoiada de um braço contra a atenção entregue do outro braço que o sentia.

A nossa vida não tinha dentro. Éramos fora e outros. Desconhecíamo-nos, como se houvéssemos aparecido às nossas almas depois de uma viagem através de sonhos...
Tínhamo-nos esquecido do tempo, e o espaço imenso empequenara-se-nos na atenção. Fora daquelas árvores próximas, daquelas latadas afastadas, daqueles montes últimos no horizonte haveria alguma coisa de real, de merecedor do olhar aberto que se dá às coisas que existem?...

[Na Floresta do Alheamento, Livro do Desassossego, Fernando Pessoa]

Texto completo:

http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fernando-pessoa/na-floresta-do-alheamento.php

Um beijo, Angel! Boas leituras! Estamos em sintonia...

P.s: Ah, bem melhor ler um livro que ficar toda suada, cansada e descabelada pulando na rua! rs...

( Me desculpe quem curte, eu respeito muito os gostos de cada um)

Angel disse...

Jacque, trecho lindíssimo escolhido por você! Mais uma a gostar de leituras "docinhas" então... rs.

Este trecho que publiquei é de um livro que mistura história, romance, ficção... Gosto bastante de leituras assim! O livro chama-se Labirinto, e foi escrito por Kate Mosse.

Abraços, linda Jacque! E aproveitemos nosso carnaval, então!

Juliana Matos. disse...

Angel, eu adoro ler coisas doces..rs..bom pra alma, para o coração, para nos sentir bem..nunca é demais estar bem com o que nos rodeia, a leitura também é assim, poesia, romance o que for, que te traga alegria e bem-estar nunca vão ser demais..
abraços

Angel disse...

Ei, Juliana , concordo com você! O que importa é nos fazer bem, seja o que for que estejamos a ler.

Abraços, minha amiga.

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