10 de maio de 2010

Apostando alto

Não sei o valor exato de se romper o silêncio, sei apenas que o preço é alto e mesmo assim eu me dispus a pagar. Arrisquei tudo o que tinha, e até mesmo o que não tinha, em uma última mão de “palavreado”. Por medo de perder quis desafiar a banca com um blefe, mas não sei mentir e recuei por pura covardia antes mesmo de tentar. Então joguei com meu próprio jogo, sem nenhuma carta na manga que surpreendesse, e mesmo com “palavras” altas, eu não consegui vencer.

Então lá estava a minha vida, aberta como um leque de cartas, escancarada a mostrar sem censuras o que havia em mim. Ganhar não era uma certeza, mas perder me parecia distante também. Falta de jeito, quem sabe, culpa de uma aspirante inesperiente que apostou alto contra a própria decepção. Mas, no jogo da vida aprendi que a derrota ou a vitória, muitas vezes, é uma simples questão de sorte, independente das “palavras” que se tem na mão.

19 comentários:

Franzé Oliveira disse...

Na vida tem que ser ter sorte.
Eu não tive, puts.
Ou se tive deixei escapar...

Beijos "anjo" querido.

Anônimo disse...

Se a vida é um jogo, joguemos, sem esquecer que em todo jogo há sempre aquele que perde, porém perder talvez não seja um mal de todo.
Bjos na alma.

Angel disse...

Franzé, é bem isso mesmo... rs.

Mas dizem que um dia a sorte vira, não é?

Abraço, meu caro!

Angel disse...

Meri, muitas vezes o que consideramos uma derrota é o começo de uma vitória futura, não é?! Muito bem colocado!

Abraços, minha amiga.

P.S.: Espero que esteja melhor.

Anônimo disse...

Como disse uma amigo meu...
O não a gente sempre tem, o importante é conseguir o sim.

Bjim e bom texto

Angel disse...

rs... Anthony, eu uso essa frase constantemente! Quem não arrisca se esquece que a inércia é o mesmo que o "não" em 100%, e que arriscando existe ao menos 50% de chance de ter um sim. Mas há quem prefira permanecer na dúvida, porque uma vez definido o não perde-se a ilusão do sim. Assim como perde-se tempo, e vida.

Obrigada pelo comentário!

Abraço.

Angel disse...

Alexandre, gostei muito da sua interpretação, acho que complementa perfeitamente o que Meri e eu dissemos, nos comentários anteriores. O que julgamos derrota é, no mínimo, um aprendizado. E não vale a pena esconder o jogo ou ter medo de jogar, a vida passa, o jogo acaba, e os que temem acabam por não perder, mas também, por não ganhar.

Abraço!

(e pode deixar que não vou brigar mais! rsrs)

Marcelo Mayer disse...

o barulho de meu isqueiro rompe qualquer solidão

Angel disse...

rs... Mayer, me lembrei de um dos meus dias malucos, em que te perguntei por que sou tão anciosa e você, como só você sabe ser, disse "porque você não fuma!"

Ai ai...

Abraço!

Karone disse...

Pois é Angel...sou jogador de poker e continuando sua metáfora...um pouco de sorte faz bem, mas naõ explica porque sempre as mesmas pessoas estão nas finais(frase de um comercial do Full Tilt Poker explicando que a habilidade no jogo conta muito)Bjs!

Angel disse...

Boa, karone! Não se ganha apenas com sorte, saber jogar e ter habilidade é imprescindível!

Abraço.

Jacque disse...

Oi, menina Anjo!

Certa vez, li a seguinte frase:" Não odeie o jogador, odeie o jogo." Creio que você conhece essa frase. Sabe, logo quando li pensei em inúmeras interpretações pra ela, talvez naquela ocasião eu não dei o devido entendimento que a frase merecia, mas hoje, entendo perfeitamente.

Viu só, como a vida é um constante aprendizado?

Eu admiro quem arrisca e tem atitude, isso é para os grandes, minha cara. E você é grande o suficiente para lidar com as cartas.

Um beijo doce!

P.s: Obrigada pelo comentário, você não tem noção do quanto isso é importante pra mim.

Angel disse...

Jacque, conheço muito bem essa frase... Há uma música que diz "não odeie o jogo, odeie o jogador", mas em algum momento da minha vida, por razões particulares (e acredito que isso acontece com todos) percebi que muitas vezes não são os jogadores que fazem o jogo, mas a vida em si, o jogo por si só é complicado, e talvez seja eu que ainda não tenha aprendido a jogar. Perder não me dá o direito de culpar meus adversários, acho eu.

Obrigada pelo comentário, Jacque! Se aprendemos com a vida, eu aprendo com cada um que passa por aqui...

Abraço, linda Jacque!

P.S.: Não precisa agradecer, foi de coração, e mais que merecido.

rui disse...

Oi Angel....é nos riscos que se vê o caracter das pessoas..claro que nem sempre tudo irá dar certo mas...... o risco é proprio do ser humano
e a humanidade avançou sempre através de riscos

e se reparares os barcos ficam muito bonitos nos cais ..mas nao foram fabricados para isso...foram fabricados para outras funçoes e é por isso que muitos se afundam-...infelizmente

a Sorte é contrario do azar..todos preferem a sorte....so que ela nem sempre está connosco

bem Eu se calhar nao me consegui fazer entender

vou-me embora antes que Tu me mandes.....

um obrigada pelo teu comentário..
um beijo e um resto de semana feliz.......
Rui

Júlio Castellain disse...

...
Derrotas e vitórias fazem parte da vida.
O que fazemos com elas é o que conta.
Antes de tudo aprender.
Bjs.
...

Angel disse...

Rui, imagina se eu te mandaria embora! Para mim, melhor que escrever, é ler o que dizem sobre minha escrita.

Pois é meu, amigo, não se pode contar com a sorte, é preciso encarar, ter a coragem de avançar mar afora, correr riscos, caso contrário seremos nada mais que belos barcos ancorados no cais, a passar a vida sem conhecer o mundo, sem experimentar tudo o que está a nossa disposição!

Abraço, meu caro! E uma excelente semana para você também.

Angel disse...

Sábias palavras, Júlio... Sábias palavras! Nada é por acaso, nem mesmo uma derrota. Se por acaso for, ao menos algum ensinamento haveremos de ter.

Abraço!

Metamorfoses disse...

rs! e no jogo da vida eu sou apenas mais uma dama solitária...
Ah Angel q texto lindo!
Parabéns!

Angel disse...

Obrigada, Fabrizia!

Abraço!

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