7 de março de 2010

Você, que eu odeio

Nunca imaginei que o bem e o mal se uniriam para dar vida a uma única pessoa, e que trariam na face um sorriso aberto e um lindo par de olhos castanhos. Ficar com você era coisa do destino, e foi por isso que eu alforriei cada um dos meus sentimentos. Nunca me preocupei em te fazer uma promessa, você nunca me mostrou insegurança, e juntos caminhamos enquanto a estrada se mostrou iluminada e limpa. Deveríamos ter nos preparado para o fim, porque ele era tão claro quanto um copo d'água, mas nossos olhos estavam ocupados demais para forçar qualquer visão que não fizesse carícias. Quando foi preciso culpamos o tempo, as diferenças, sem saber que as indiferenças é que haviam destruído o que nos mantinha unidos. Você foi a razão das minhas piores crises, e eu, a desculpa para os teus maiores erros.

Nos separamos e desde então nunca mais nos vimos, não que eu não queria, mas acho que eu não saberia lidar com você agora que preciso medir as minhas palavras, e principalmente, os meus desejos. Dizer que não te quero mais seria soberba, verdadeira eu seria se admitisse que sinto a sua falta na mesma intensidade que a minha cama sente, e que meu corpo sem o seu não é o mesmo. Eu sempre soube que sentiria saudade, eventualmente. Mas nunca imaginei que ela seria tão forte a ponto de enlouquecer meus sentidos e me fazer te odiar por não estar aqui para me dar, sequer, um último beijo.

15 comentários:

Juliana Matos. disse...

Angel, realmente vc escreve muito bem sobre sentimento..as vezes deixamos passar alguns desejos, "amores", e nos arrependemos..mais acredito que o amor de verdade, sabe aquele da nossa vida, é especial vem pra ficar e se for ali, volta..rs
Um abraço da Ju ;)

David Pimenta disse...

Quantas vezes já me aconteceu isto, que aqui escreveste? Imensas.
Wow.

Fabio Rocha disse...

Lindo demais!

Mas um conelho prático: o tempo cura, mas dói demais... Arrume outra paixão.

Angel disse...

Ei, amiga Juliana, gostei dessa parte "vem pra ficar e se for ali, volta". A gente precisa confiar um pouco mais no destino, não é mesmo?

Abraços, linda Ju!

Angel disse...

Pois é, Davie, tem coisas que não acabam, ou que demoram demais para acabar, e quando a gente fica carente, solitário, esses sentimentos afloram com toda força e nós fazem pensar que o passado ainda é válido. Por vezes é, por vezes não... Talvez, com um pouco mais de maturidade a gente possa ressuscitar o passado e dar um outro rumo dessa vez.

Vai saber...

Abraços!

Angel disse...

Olavo, obrigada!

:)

Abraços!

Angel disse...

Fabio, um amor com outro amor se cura?

Abraços, caro poeta!

Marcelo Mayer disse...

isso nunca foi amor. foi desculpa para um sexo sem culpa, um olhar sem medo e passa-tempos para discutir sentimento. todo ser-humano tem um pouco de mentira. belo desbafo

Angel disse...

Marcelo, você deu uma outra visão do texto, e eu gosto muito de ver as diferentes impressões que meus posts causam.

Vai saber o que foi isso, não é mesmo?! rs.

Abraços!

Jacque disse...

Oi, Angel! Primeiramente, feliz dia das mulheres! Não gosto muito dessa coisa de rituais de comemoração. Acho que todo dia é nosso dia. Com relação ao texto, só posso dizer que suas palavras carregam um misto de sentimentos. Dou um nome a isso: Confusão. Desculpe, é o que senti quando li. Já pensou no tempo? Ele passa depressa demais...

Um beijo, mulher!

Dinkin disse...

Essa saudade!
Sufoca mesmo!
^^
Adorei!
Você escreve bem!
Beijos

Angel disse...

Jacque, retribuindo... Feliz Dia das Mulheres.

Bem, confusão... Por vezes a vida fica um tanto confusa, mas, se ajeita com o tempo, é verdade. O que não quer dizer que tenhamos que parar no tempo até que isso ocorra.

Abraços!

Angel disse...

Dina, que bom tê-la por aqui! Obrigada pelo carinho, e espero que volte mais vezes!

Abraços.

leonel disse...

Bem e Mal. Loucura e Razão. Amor e Ódio. Vem sempre aos pares. Não deve ser por acaso. Não deve ser por simples coincidência.

Ou será? Acho que nunca saberei, ou, entenderei dessa vida aos pares...

Abraço de um mortal.

Angel disse...

Somos dois, leo.

Abraços.

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