16 de setembro de 2014

Da dívida a pagar...

Eu não sei se devo chorar. Penso, antes mesmo de deixar uma lágrima cair, que eu devo sorrir e disfarçar as minhas escolhas. "Veja bem, meu bem, o mundo é feliz!" digo a mim mesma. Ou, ao menos, ele finge ser. Preciso negar esse vazio que eu não sei como ocupar, esse espaço assimétrico onde nada se encaixa, um canto afastado, lado esquerdo do peito, onde mora um silêncio absoluto que grita tão alto e me faz desejar enlouquecer. O amor deveria morar aqui... Tento lembrar o momento exato em que ele passou por mim e não me desejou, naquele momento o ar pesou no peito e desde então respirar exige esforço. Sorrir é uma formalidade, é mostrar o quadro pintado que o mundo deseja ver. Será que em algum momento ele se arrependeu? Será que desejou voltar quando, por algum segundo que fosse, sentiu falta de mim? Ou será que ele sabe que eu o sugaria até a morte? Longe de mim, talvez, ele caminhe feliz. E eu não o culpo, eu não o escolhi... O primeiro passo em direção a este meu mundo fui eu quem dei. E é exatamente por isso que eu devo seguir... E com um sorriso no rosto, afinal, o mundo é feliz! Mesmo que eu, muitas vezes, não consiga ser...

1 comentários:

Suzana Martins disse...

Algumas transparências, outras formalidades... às vezes acho que caminhamos contrários ao mundo. Siga, sem se preocupar com o mundo, seja feliz do seu jeito....

Beijos lindona!!^^

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