4 de fevereiro de 2013

De mais um fracasso...

Penso que o encontro de duas pessoas demande ao universo toda uma sequência de atos ou mesmo de abstenções. Para que o olhar dele finalmente encontre o dela, me parece provável que duas vidas inteiras sejam arquitetadas minimamente, com toda a riqueza de detalhes, como os dois quadros mais preciosos de uma obra de arte. E assim, quando o encontro e o desencontro coexistem no mesmo espaço-tempo, algo no universo se perde, não se transforma, apenas morre e da lugar ao vazio de uma história que não vingou. E mesmo que não exista um início e um meio, o fim é igualmente doloroso e verdadeiro. Dois seres reféns de um passado carente de presente, órfão de futuro, de mãos dadas ao ponto final que selará para sempre o destino dos dois. E quem irá saber se seria verdadeiro? E quem poderá dizer o que podia ser feito, a quem caberia o próximo passo ou o recuo? Não há respostas a nenhuma das perguntas, mas é melhor assim, antes prematuro do que doloroso, antes o nada que a dor.

0 comentários:

Postar um comentário