9 de setembro de 2011

Quanto tempo eu perdi?

Me desculpe se eu perdi alguns sonhos, mas eu estava ocupada demais contando as batidas de um coração descompassado pelo amor que acabara de nascer. Não me culpe por não compreender as ambições do dia, por não reconhecer as necessidades do corpo, descanso é uma palavra que talvez eu nunca vá aprender, e não é que eu não queira, eu só duvido que ela se encaixe em alguma parte de mim. O que me acomete são os desejos, os mais secretos e obscuros, aqueles que ficam guardados em caixas grandiosas com uma placa que diz "Cuidado, não se aproxime! Você pode não aguentar". Eu me refiro às vontades da alma, da força que impulsiona o corpo, aquela que escraviza minhas noites e me obriga a ouvir seus anseios. Então, o que me resta é cumprir essa sina, olhos vermelhos, cansaço estampado na face, sem nunca fraquejar. E é assim que eu me armo de toda tristeza, me construo durante as madrugadas para, sem entender por quê, me destruir por completo ao amanhecer.

Porque o dia são os cacos, a noite sim é a minha obra-prima.


Fortunate Son - Creedence Clearwater Revival

6 comentários:

Anônimo disse...

Tempo não se perde, se aprende.

Viviane Zion disse...

Poucas leituras que faço se aproximam tanto do que se passa na minha mente como as coisas que você escreve...

Abraço de quem te lê fielmente!

Morangos Falantes disse...

Me desculpe se eu perdi textos tão bons quanto esse no tempo que estive fora...

Parabéns!

Bryan Kormann disse...

Te amo amor. Parabéns e obrigado por tudo!

Angel disse...

Bryan:

Também te amo, vida... Feliz por ter você aqui.

:)

Angel disse...

Danilo: Concordo plenamente, embora nem sempre tenha concordado.

Zion: O mesmo acontece quando vou ao seu blog. Feliz com essa proximidade que temos! =)

Camilla: Obrigada, flor... Que bom que gostou desse meu devaneio... rs. =)

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