Desconhecia o que chamavam de amor, e a esperança de encontrá-lo pelo caminho, perdera. Era nada além de uma sucessão de erros e arrependimentos, de cicatrizes que ainda abriam feridas, era uma porção de muralhas altas, de vidros quebrados, estilhaçados pelo vento, pela chuva, pelos maus tratos da vida. Ter ou não um coração batendo no peito não era uma escolha, mas trancá-lo em um quarto escuro e vazio com certeza era. Esperar pelo passar dos dias lhe parecia justo, confortável, e tão seguro quanto o outono em uma manhã de setembro.
Até aquele dia.
Até o momento em que os olhos castanhos refletiram no espelho, e sentiu uma vontade imensa de beijar a boca de onde saiam palavras que pareciam melodias, no momento em que quis se aninhar naqueles braços e, finalmente, ouvir o som de um o coração que, no peito, livremente batia. E quando o gosto do futuro lhe pareceu tão bom quanto o gosto do beijo, permitiu que o silêncio fosse quebrado por três letras que nunca foram ditas de maneira tão verdadeira. E você perguntou se contigo eu me casaria, e outra resposta eu não teria... “Sim”, amor, eu ficarei contigo uma vida inteira.
Harvest Moon - Neil Young
16 de março de 2011
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6 comentários:
Nossa Angel
Você voltouuuuu
!!!
E na resposta encontrou o amor... a eternidade dele!!
Beijos
Seja do tamanho que for essa vida.
Infinito enquanto dure...
Amor...nos inspira...
Beijo
O amor nos mostra a nossa fragilidade quando não o temos.
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